E U Z A
E u z a...
O mesmo que Elza,
Menina-deusa, mulher que ousa.
É teutônica – dizem – a origem do nome,
Mas eu falo de uma Euza brasileira,
Que é mineira, calorosa, acolhedora...
- “Viva a sua companhia!” –
Essa Euza é lutadora e poderosa...
Fortaleza. (Força, Euza!)
Que risada tão gostosa!
Riso fácil, riso solto, terapêutico.
Na cozinha essa mulher tem mãos de fada,
E sua magia é de curar tristeza...
Em sua mesa, farta mesa, sempre muitos...
Em seu abrigo, seu regaço, aconchego...
Essa Euza é curiosa e virtuosa,
Aventureira e comunicadora.
É razão e compaixão,
Companheira, provedora.
Água revolta, sublevadora,
Eleva-se sobre si mesma,
Espírito da liberdade
Em plena evolução,
Em constante mudança,
Meta-forma, trans-formação.
Também é água mansa e pacificadora
Que purifica e revigora.
Água boa, águamãefontedavida...
Euza é Unes, une e reúne,
É verbo de ligação,
A família é sua terra,
Onde planta o coração.
Euza é Maria – Euza Maria,
Ave Maria – reza – cheia de graça...
E os sinos tocam e o tempo passa.
Euza-Cidinha, Euza-vó-Nega...
Euza que foi, que vai, que chega.
Euza-Silas, Marcela, Paulo e Flávio
Muitas vezes nela mesma.
É mulher, irmã e filha,
cunhada, neta, sogra e tia,
esposa, mãe, avó...
Muitas Euzas...
E uma só!
E em nome do bom humor
- que ela sempre cultiva –
Aqui vai uma historinha:
Era uma vez Euza menina,
Com filó de bailarina
E um grande laço de fita...
Depois é moça crescida,
Namorada, tão bonita!
E hoje nos seus 60,
Em sua elegância madura,
Traz com ela a formosura
Dos tempos de juventude...
(E nada de xale, tricot, nem de sapato baixinho!)
Enfim, a Euza é assim,
E sempre será, para mim,
uma bela e doce amiga!
Parabéns, Euza, querida!
Brasília, 20/XII/2010
Beatriz Vargas Ramos
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