aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaPalavrasaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
As palavras que não saem da minha boca
Não são as palavras que eu não posso dizer.
As palavras que não saem da minha boca
São as palavras que eu não quero dizer.
- O silêncio é feito de palavras -
Nem todas as palavras são para dizer.
Há algumas que são para pensar...
(Também são palavras as palavras que são para pensar?)
Não são precisas palavras para pensar.
É preciso palavras?
Cada vez menos palavras entre nós...
Cada vez entre nós
Menos entre nós
Palavras.
George Bush tropeça em palavras,
Os democratas também,
As igrejas veneram palavras,
A ONU adora palavras,
O cinema não existe mais sem palavras,
Nem a televisão, nem o poder,
A literatura é só palavras,
Assim como os poemas,
A guerra precisa de palavras,
O amor desperdiça palavras,
Você adora as palavras...
Você adora suas próprias palavras,
Você já não se interessa pelas palavras que eu tenho a dizer,
Ou as que eu não quero dizer,
Ou as que eu não tenho mais a dizer.
Dizer...
O quê???
As palavras doem,
Nem sempre doem...
As palavras.
De palavras e carimbos vive o mundo, com certeza. As palavras que importam mais, hoje, são os adjetivos, porque os substantivos e os verbos assustam, não falam diretamente ao coração, mas podem evitar que se diagnostique doença em corpo sadio ou que se trate um doente de mal diverso daquele que realmente o acomete. Gostei muito do poema, Bia. E é do meu agrado que também curtas blogues: eu mesmo mantenho três: um jurídico (Diálogos com a doutrina), um de viagens (Viagens pela América Latina) e um de música (Diálogos com Beethoven e Wagner). Abraços.
ResponderExcluirRicardo, amigo, obrigada pelos comentários e, sobretudo, pela leitura - que é o que dá vida ao poema. Quero conhecer teus blogs, claro! Eu encontro os endereços no seu Facebook? Se não, me envia por e-mail, por favor! Grande abraço
ResponderExcluirAí vão, Bia:
ResponderExcluirhttp://dialogoscomadoutrina.blogspot.com/
http://viagensamerica.blogspot.com/
http://dialogoscombeethovenewagner.blogspot.com/
Abraços. Ricardo.
Maravilha, Ricardo! Vou visitar e deixar meu comentário. Abraço, Beatriz
ResponderExcluirÉ Beatriz, a ONU adora palavras mesmo. E a palavra do dia é ineficiência. Um abração procê.
ResponderExcluirConcordo!
ResponderExcluirBeijão procê, Cirilo.
Beatriz
Há viagens longas, sem palavras, e tambem há palavras que curam, muito bom de verdade!
ResponderExcluirBia, passei aqui pra descansar um pouco na sombra da mangueira.
ResponderExcluirBeijo grande